segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Nascente...


Um fio de água tímido, nasce-me na Alma e agiganta-se em riacho no vale do meu peito.
Deixo-me ir… ao “sabor” ondulante da corrente, viajo sem destino. Vou onde o meu riacho me levar…
Aquietar-me-ei no rio, no Mar, ou simplesmente numa das margens de mim…
Pouco importa p’ra onde vou… Há “coisas” que não são como terminam, são como começam…
O importante é saber que todo o riacho tem uma nascente…
E o meu… Nasce no melhor sítio de mim…

Na Alma!


2 comentários:

Anónimo disse...

Há um rio correndo dentro de mim...nasce borbulhando em remoinhos cristalinos, forma uma torrente de cascatas puras, inunda, vivifica a alma árida, tornada pó...



Quem assim ousou mortificar o meu mundo? Encarquilhando, enrugando, secando estas paragens outrora verdejantes?

Mas este rio, tornado minúscula nascente, aguardou latente...não morreu e jamais morrerá. Ainda respira...Latejando, num último (?) sopro de vida, em derradeira tentativa desesperada, emerge timidamente e tudo alaga à sua volta. A fertilidade voltou às suas margens, renascendo...na outra margem.

Esta margem à margem da vida...

Margem oculta, terreno virgem por desbravar, margem de sonhos.

Rios de águas claras, transparentes como as almas diáfanas de ninfas perdidas...

Ninfas pairando sobre a bruma misteriosa, dançando em alegres rodopios sobre a corrente branda das águas...

Margem destes e de outros rios.

Rios de ontem, rios de hoje, rio quase morto e rio por nascer...

Enlaçados, águas de rios e figuras de ninfa...

Pó...

Água ...

Vida tornada pó...

Água vivificante da vida...



Sonhos que são água, que são vida, que alimentam a vida das ninfas...

Dor, que seca a nascente, que evapora o sonho, que destrói a vida...

Inventar e pintar novos sonhos que inundam a vida...sonhos sem cor e sonhos coloridos. Sonhos de fé, sonhos de esperança, sonhos de Mãe...

Eu sou sonho.

Eu sou rio.

Eu sou água.

Eu sou a ninfa que baila na água do rio.

Este rio só meu, porque meus são os sonhos.

Eu grito à terra que seca, à folha que murcha, ao prado que seca...

E o pó é soprado para longe, lavado na água deste rio que nasce...

E deste sopro de vida, renasce a ninfa deste rio encantado...

Não sei quem escreveu mas acho que fica bem com o que escreveste
Eu

Anónimo disse...

Seguro o fio de água na minha mão
quero fazer a viagem ao contrário
estar perto do teu coração