quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Essência...


No princípio de mim, eu era terra. Grãos soltos de terra. O céu chorou e fui argila. Em bruto, disforme.
Dei por mim, rodando entre as mãos de um oleiro. Ganhei forma.
No meio de mim, eu era o vaso cor de barro, que alberga a terra e a flor. Ganhei essência.
No percurso de mim, muitas foram as mãos que me moldaram… Mãos de amigos, mãos de amores… Umas tornaram-me escultura, outras devolveram-me à terra. Umas avivaram-me a cor, outras pintaram-me de negro.
Afinal, somos assim… Moldados por todas as mãos que nos tocam a alma.
Neste trajecto de vida, assumi formas diferentes mas fui fiel à essência… Albergo a terra e a flor.
Mudei quem souNão mudei o que sou!!

1 comentário:

Anónimo disse...

Simplesmente lindo, não consigo escrever mais nada, disseste tudo