segunda-feira, 27 de abril de 2009

(Re)Encontros...

Olhos pousados no azul imenso do Mar,
Perdidos em lembranças, achados em desejos…
Ao longe, com três mastros e todas as velas recolhidas
Um barco dança com a maré, num “pas de deux” que só eu vejo
Farrapos de brancas Nuvens brincam às escondidas com o Sol…
Aqui… bem mais perto, a brisa sacode um tapete de Malmequeres
Levando-lhes ínfimas partes de vida, que atapetarão outros espaços…
Uma saudosa e inebriante sensação entra no carro e senta-se a meu lado.
Damos as mãos…
Fecho os olhos por instantes, e respiro fundo…
Reabro o livro que havia pousado, e retomo a leitura… em paz!

É a Vida a acontecer…
Lá fora…
Cá dentro…

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Bem-Vos-Quero


Hoje, ofereço uma flor aos que vieram no meu coração

Que ela seja apenas a primeira do jardim que Vos desejo

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Parir... o Poeta


Despeja-se o interior do peito, no verso do poema
Palavras escritas em espelho, na dourada moldura do Sentir
Gritos sussurrados ao vento, na íngreme encosta do Desejo
E assim, como se de arvores se tratasse,
Enraízam-se as palavras do poema, no solo fecundo da Alma
Chovem gotas de Sonhos, do céu azul dos Afectos

E da gestação do Amor…
Nasce o Poeta!

terça-feira, 14 de abril de 2009

Fala-me de Amar... O Mar...



Fala-me do (a)Mar...

Diz-me…
Quanto da sua fúria é feita das tuas lágrimas
Quanto do seu sal, cresceu na secura da tua boca
Diz-me…
Dos desabafos que despejas nas marés
Dos sulcos, que descalços, os teus pés desenham na areia
Diz-me…
Do barulho das ondas, no corpo silencioso das rochas
Do canto das sereias, e dos acordes dos fios dos seus cabelos
Diz-me…
Da alva maciez da espuma, que se esconde na bainha das ondas
Da nudez pura do corpo das conchas, que se espreguiçam ao sol
Diz-me…
Da cor azul, dos sonhos em estado líquido
Dos peixes, que brincam à roda de mãos dadas
Diz-me…
Do brilho da lua, a reflectir prata na imensidão do Mar
Do calor do sol, a pintar de verão o cheiro da Vida
Diz-me…
Da delícia de pousar o olhar, na ténue linha do horizonte
E de lá, deixar o corpo partir… em gotas de pensamento.

Diz-me…
Para onde ir…
O que fazer…
Se um dia…
O (A)Mar morrer

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Poemar em dó(r) maior...


Vidas largadas ao vento
Sonhos rasgados à mão

Sentir, tornado tormento
E no peito, solidão
É mais do que um vendaval
Maior, que a “dor” de morrer
É no Mar, só haver sal
É só querer adormecer
Caem paredes, cai chão
Fica o céu em tom cinzento
Emudece o coração
Fica o sangue, sem alento
Falecem todas as flores
As árvores, desenraízam
São nossas, todas as dores
E no peito se eternizam
O sol arrefece, então
Da chuva, secam as gotas
Toda a gente é solidão
Nenhuma ave, está solta
E tudo isto acontece
Com a ”morte” de um Amor
O mundo todo estremece
Toda a Vida perde a cor
.......


Depois… é esperar o tempo
Da ferida cicatrizar
Deixar-se voar no vento
E pousar num outro Amar



(Para Ti, que como eu, navegaste em altas ondas num barquinho de papel...)

!Terra à Vista!

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Whisper...


Sussurro o Teu nome com sede de Ti.
Soletro-o, em quatro letras que o coração criou,
E descanso na melodia de te saber aqui!

Do lado de dentro do que sou!

A M O R