terça-feira, 30 de junho de 2009

Habeas Corpus...


Enforcam-se as letras nos fios ocultos da Alma
Peças soltas de um puzzle, que não consigo montar
Que não se juntam, não se encaixam, não se querem
Desmaia-me a escrita em canetas sem tinta
Em papeis brancos de nada
Amarrotados…
Dormentes…
E assim estou, doente de palavras moribundas
Sabendo que pouco sei…
Sabendo que sinto demais!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Para Além do Poema...


Arrepiam-se as palavras no frio da tua ausência
Escorrem pedaços de gelo nas paredes do silêncio,
Congela-se o poema, morrendo inerte na busca de Ti

Fica o poeta,
e o calor imenso de um amor sem fim,
que lhe derrete o coração!

domingo, 14 de junho de 2009

Enquanto Houver (A)Mar...

Foto By Babes


Sei-te Norte na brisa da Alma
Fogo que a água não apaga
Vela de cheiro, acesa em mim
E navegando o destino
Mergulho no fundo profundo de (A) Mar (Te)


...Enquanto o coração bater...

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Sem Longe e Sem Distância...


(Re)vejo-te em todas as asas que cruzam os céus

Como um Amor alado,
que ensinei a Voar...

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Always And Forever

Foto By Babes


Deambulo na frágil claridade do crepúsculo
E quando já o Sol se encosta ao fio do horizonte,
Seguro-o um pouco mais…
Até que as ondas se abram, e o Mar o tome nos seus braços,
Assim… Da mesma forma Eterna e Inteira...

Como eu Te tomei nos meus!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Um Presente... Do Passado


Hoje, ao visitar o blog “Recortes” (albumrecortes.blogspot.com), pertença de uma daquelas Amigas de sempre, deparei-me com o texto que se segue, e que escrevi há exactamente 23 anos, 5 dias e 23 horas… (Meu Deus... há quanto tempo... Nem me lembrava de o ter escrito!)
Ri e chorei ao mesmo tempo… Vá-se lá saber porquê… .
(So far and yet so close)


28/05/1986 D.C.
18h30


Caríssima Colega:
Já vai longe o tempo em que as horas neste escritório, pareciam ter 60 minutos, e em que a euforia de sexta-feira não era tão evidente. Longe vai também a altura em que o zelo pelo trabalho era quase 100%.
Agora
, as horas parecem ter crescido, e arrastam-se pesadas e monótonas ao longo de um tempo que parece parado.
O zelo;
esse morreu e é já nesta altura um "cadáver" carcomido e esquecido nas profundezas recônditas da pouca lucidez que ainda nos resta.
Nada nos
resta, pelo menos a curto prazo, a não ser navegar neste "corcel" de produtos químicos que nos corrói o corpo e o espírito, qual ácido nítrico em contacto com o mármore, e de mármore somos nós, que temos que suportar com uma serenidade e coragem que não possuímos, mas que temos que possuir para podermos comer; vestir; enfim, viver.
Melhores dias virão certamente.
E quando
as horas voltarem a ter 60 minutos, tudo parecerá melhor.



(Melhores dias vieram, e foram, e voltaram a vir…
Assim é a Vida… feita de voltas e revoltas neste carrossel chamado tempo, onde continuo a querer entrar… e estar… .
Obrigada Amiga, por este presente delicioso… Obrigada por todas as gargalhadas e todas as partilhas.
Assim é a Amizade!!).

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Revela-te!


Quem és Tu que vives nos meus sonhos e cantas no meu peito? Quem és, que me escravizas os desejos e me desnudas de vida? Porque te escondes por detrás de palavras mudas e olhares amordaçados? Porque foges, sem dar um único passo, e ficas sem te mostrar? Vives em mim e nem sabes. Ou talvez saibas e queiras simplesmente fingir-te morto… És Humano, ou apenas um reflexo da alma, um fragmento de Ser? Afinal, porque encho o copo e o elevo a saudar-Te? Porque Te fiz nascer em mim? Se ao menos tivesse a tua morada… Poderia dizer-te, em palavras que arrancaria da Alma:

Amo-te, porque te imagino…
Desamo-te, porque não te Sei!