Calçou os ténis e saiu em passos seguros, sem pressas ou atrasos, sentindo sessenta segundos por minuto. Nem mais, nem menos…
O tempo era real, como real era o Mar onde pousava o olhar, ou as gaivotas que lho faziam voar.
Sentia o calor ameno de um sol de Inverno que visitara o céu, e que a espreitava por entre nuvens de branco e doce algodão. Também o vento estava presente, suave e gentil brincava-lhe entre os cabelos, que usava soltos.
Passeou junto ao Mar durante horas, sentindo em cada hora sessenta minutos… O tempo continuava real.
Plena de azul e sal, subiu a serra… Percorreu caminhos de terra, ladeados de árvores que abraçavam o céu. Ouviu a canção dos pássaros e o hino fresco das nascentes que desciam pelas encostas beijando as pedras. Folhas secas e galhos inertes gemiam sob os seus pés, pedindo clemência. Fez-se leve para lhes poupar a dor…
Plena de Natureza, voltou a casa… Tinha passado um dia em que sentiu vinte e quatro horas. Nem mais, nem menos…
Chegou sem pressas ou atrasos, sem fadiga ou preguiça, sem altivez ou submissão, apenas convicta do seu valor.
Sabia que algumas vezes teria de deixar os ténis e equilibrar-se em saltos finos e longos…
Pois que assim fosse! Nada é imutável… Nada é linear…
E a VIDA, esta VIDA de que falo, sabia-o!
(Talvez tudo não passe de uma questão de calçado)
O tempo era real, como real era o Mar onde pousava o olhar, ou as gaivotas que lho faziam voar.
Sentia o calor ameno de um sol de Inverno que visitara o céu, e que a espreitava por entre nuvens de branco e doce algodão. Também o vento estava presente, suave e gentil brincava-lhe entre os cabelos, que usava soltos.
Passeou junto ao Mar durante horas, sentindo em cada hora sessenta minutos… O tempo continuava real.
Plena de azul e sal, subiu a serra… Percorreu caminhos de terra, ladeados de árvores que abraçavam o céu. Ouviu a canção dos pássaros e o hino fresco das nascentes que desciam pelas encostas beijando as pedras. Folhas secas e galhos inertes gemiam sob os seus pés, pedindo clemência. Fez-se leve para lhes poupar a dor…
Plena de Natureza, voltou a casa… Tinha passado um dia em que sentiu vinte e quatro horas. Nem mais, nem menos…
Chegou sem pressas ou atrasos, sem fadiga ou preguiça, sem altivez ou submissão, apenas convicta do seu valor.
Sabia que algumas vezes teria de deixar os ténis e equilibrar-se em saltos finos e longos…
Pois que assim fosse! Nada é imutável… Nada é linear…
E a VIDA, esta VIDA de que falo, sabia-o!
(Talvez tudo não passe de uma questão de calçado)
6 comentários:
são esses momentos que recordados nos dão o sentido da vida
E já dizia o poetinha Vinícius de Moraes: "a vida é pra valer, a vida é pra levar".
Pois que assim seja!
Beijo,
Inês
p.s. belo texto... vc escreve muito bem.
Os gestos de calçar e descalçar têm muito que se lhe diga...
Obrigada Inês. Apenas escrevo com a Alma... A beleza do texto está na sensibilidade do seu olhar!
Beijo meu
P.S. Gosto mto do seu Blog
Ouve a canção dos pássaros e o hino fresco das nascentes...porque quero ver-te sorrir,porque ADORO o teu sorriso!
Um abracinho Bom
AF
Ana, és a melhor pessoa do mundo, sabias??
Outro abracinho bom
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