Era um Domingo de Outono como tantos outros. Dia de meias de lã e aconchego no sofá. Sentada sobre as pernas lia um livro sem conseguir percebê-lo… Avançava duas linhas na leitura, para logo de seguida retroceder quatro, na tentativa de não perder o "fio à meada”… Mas não ficava nada, tinha a cabeça a mil... Pousou a leitura e tacteou na mesinha em busca dos cigarros. Acendeu um, sorvendo uma longa e profunda fumaça. Com os olhos perdidos nas espirais de fumo, que desenhavam no ar engraçadas figuras, deixou-se ficar…
Pelo pensamento passeavam-se memórias que se misturavam com desejos, de tal maneira que lhe era difícil perceber a ténue linha que os separava… Quanto de si eram memórias?? Quanto de si eram desejos??.
Foi despertada pelo som do telemóvel que tocava “If I ain’t got you”. Deixou tocar mais um pouco… Gostava daquela música, sempre tinha gostado!
Olhou para o visor e apressou-se a atender…
Preciso-te… ouviu do outro lado.
“Abandonou” o sofá, tirou as meias de lã, agasalhou-se bem e saiu num ápice.
Pôs de lado as memórias e os desejos, deixou-os ali, deitados no sofá… Retomá-los-ia quando voltasse… Ou talvez não…
Agora era tempo de vida real!
Tempo de se sentir viva!
Tempo de descobrir uma flor no Outono!
Foi despertada pelo som do telemóvel que tocava “If I ain’t got you”. Deixou tocar mais um pouco… Gostava daquela música, sempre tinha gostado!
Olhou para o visor e apressou-se a atender…
Preciso-te… ouviu do outro lado.
“Abandonou” o sofá, tirou as meias de lã, agasalhou-se bem e saiu num ápice.
Pôs de lado as memórias e os desejos, deixou-os ali, deitados no sofá… Retomá-los-ia quando voltasse… Ou talvez não…
Agora era tempo de vida real!
Tempo de se sentir viva!
Tempo de descobrir uma flor no Outono!
1 comentário:
O problema foi teres deixado as meias de lã e o aconchego do sofá......pelo menos era algo que te aquecia sem nunca ter de te dizer: preciso-te.
Beijos doces
Luis Santos
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